quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

Soneto da distância


Foi naquele instante
que regressei à realidade do sonho
e rabisquei o soneto da distância
no caderno da minha ternura.

Suave canto na epopeia
da nossa vontade.

E desde esse dia que te guardo
junto ao coração
e te lembro
até nos dias de tempestade.

Para que me cantes
esse sonho adocicado
da nossa saudade
e tranquilizes
estes meus medos.

Ainda a barragem
emoldura a minha tez
em sílabas sonoras.

Ainda as árvores caminham
rumo ao céu numa paz
de versos rimados.

Ainda as folhas cobrem o silêncio
dos meus passos
numa amálgama de palavras.

E o vento…

Continua a beijar-me
com a paixão de sempre.

Rosa Alentejana Felisbela
16/12/2015
(imagem da net)

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