terça-feira, 17 de novembro de 2015

Acorda-me!


Sempre que escuto os gritos abafados
de crianças desamparadas na lonjura,
arde-me o sono. E a busca da ternura
transforma-se em sonhos almejados.

Remo com raiva a favor dos indignados
e alta apatia desequilibra-me a procura
por um só bocado de felicidade que cura
nesta marcha lenta com os desajeitados.

Os pesadelos erguem-se ainda maiores
que a resiliência. E a náusea revolta-me
as entranhas negras em espirais de dores.

Sinto-me monstro estático… Acorda-me!
Antes que novo dia nasça com dissabores
e mais uma lágrima inocente se derrame!

Rosa Alentejana Felisbela
17/11/2015
(imagem da net)

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