quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Um caso de pele


Quando olho as minhas mãos
de concha em prece pela tua pele
poros plenos de desejo eriçados
que se propagam pelo corpo
como onda de desejos alados
sinto-me fénix
renascendo

quase perto no prazer de te olhar
emergem serenatas, sonetos e odes
e luares de luas e pratas
que pousam no teu corpo de veludo
nesses contornos de beleza inata
onde me perco e encontro
o sabor de tudo

quase no toque roçando os lábios
soltam-se acordes nos sentidos alerta
que me transportam ao mundo da tua nuca
essa magia própria dos sábios
abrindo-me a fome concreta
dos suspiros que me deixam louca

há quase um marulhar do búzio no mar
das emoções que transpiro
quando as minhas mãos vão tocar
o teu rosto…é daí que recolho
o prazer que respiro
és tu quem me faz
viver!

26/02/2015
Rosa Alentejana
Foto de © Paul Apal'kin

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