quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Coração destroçado


Confesso que a saudade me goteja
o cérebro com lamúrias que não quero
ouvir…
Ou, talvez eu esteja no vácuo
de onde não quero sair!
Perdida entre o sonho secundarizado
da prisão da tua eloquência,
virada do avesso nesta louca
impaciência…
De coração destroçado, na noite
enfadonha e fria…
Sem ar ou céu ou alegria…
Na corda-bamba desta distante
imensidão
sorrio um sorriso triste
porque deixei escapar o suspiro
inocente
do luar da minha mão!
Confesso que a saudade
me esvai das forças, que me arrasta
pelo chão…
Que não sinto a sorte madrasta
nas conversas da multidão…
Sinto-me oca de lágrimas e gritos,
estou plena de desilusão,
na dormência do sono que sinto
empresto-me aos dias
sem querer o meu quinhão!


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