quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Amo-te

Amo-te
Porque o sol resolveu brilhar sobre a minha sombra, que se alonga, na distância que me persegue. E no prelúdio que se converte em grafia de evasão, percorro o muro, na corda-bamba do coração, tão imberbe, que num salto, visto o vazio e corro!
Amo-te
Porque a lua se derrama sobre o mar de outono em mais uma estação. E a chama do seu olhar lança-me no abandono da falta de razão…martirizando o meu desejar!
Amo-te
Porque o vento alcança constantemente a fonte dos meus pensamentos. E nessa dança, sem compasso, voam-me os lamentos em asas de borboletas, ficando gravados na pedra, sujeita à erosão dos dias, como escravos, subjugados aos grilhões das fantasias!
Amo-te
Porque a noite amanhece sempre que o dia renasce. Tal como este estremecer nervoso se encaixa na fome transbordante do meu olhar…sempre que penso em ti e nas maçãs do teu rosto (que pretendo devorar com beijos das minhas mãos, presas ao laço de cor vermelha a cintilar)!
Amo-te
E não me canso de repetir, nesta voz rouca e atrapalhada, porque me deixas louca! E se uma parte de mim se arrasta sem norte, a outra parte sem ti é nada…vogando ao sabor da sorte!
Rosa Alentejana


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