sexta-feira, 4 de novembro de 2016

Um segundo de amor


Como se os dedos possuíssem as letras
num ato puro de ternura
entre a sombra do eucalipto, nua
e o cheiro da madeira já gasta
e abandonada do banco
solitário
e ainda assim, a boca saboreasse
o gosto do primeiro beijo
sobre as folhas que a árvore segurou
enquanto durou um segundo de amor!

Rosa Alentejana Felisbela
(imagem da net)

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