sábado, 26 de novembro de 2016

Ainda te amo


Desculpa-me a falta de predicados
nas minhas frases sem jeito
e os acentos colocados
sempre ao contrário
nas minhas ideias
saídas do peito

São estas construções fracas
do meu Português ruim
que te idolatram
expondo este amor
que trago em mim

E a ausência de vírgulas
nas frases que eu componho
são pausas que não faço
para o silêncio da tua boca
que sonho
esteja risonha

E quanto ao ponto final
que ignoro, evito, escondo
é o meu desejo guardado
de ter sempre reticências
e a minha forma
de dizer que ainda te amo!

Rosa Alentejana Felisbela
(imagem da net)

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