Meu mar maravilhoso, sereno e manso
Minha vaga lenta que não me canso
De ver sempre chegar, de ver crescer…
Minha espuma branca e perfumada
Tocada pelo belo sol ou enluarada
Na minha praia de encantar, de prazer…
Minha areia amarelinha, criança traquina
Brincando nos recantos da menina
Que sou e que fui e continuarei a ser…
Minha alga colorida, branda e macia
Envolta em tanto sal, mel e ousadia
Mareando o meu corpo num terno entender…
Minha estrela-do-mar anil e flutuante
Perco-me nos teus braços a cada instante
Para sempre em meu corpo te quero prender…
Minha anémona linda, minha amálgama
De tão doce doçura que me tira a calma
no amor sem nexo, no sexo que só nós podemos fazer…
Meu cavalo-marinho enamorado e alado
Cavalgando, sem rédeas, o meu corpo suado
Que a minha alegria se regozija de ter…
Minha concha de rocha mais quente que fria
Aconchega-me e aquece-me na tua poesia
Escreve-me versos no meu humilde aprender…
Minha gota, minha bátega, meu “favo de sal”
Recebo-te inteiro, no nosso abraço especial
Nesta pele de trigo, oásis que sonhas voltar a beber…
Sonha-me sempre e nunca me irás perder!
Rosa Alentejana Felisbela
19/09/2015
(imagem da net)

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