sábado, 1 de agosto de 2015

Não é um adeus, é um voo livre


Por favor silencia
a proibição no teu olhar

Não lhe dês visibilidade
para o retrovisor
colocado propositadamente
no local estratégico,
à beira do coração

Não a escutes,
não te tornes Narciso
nas esperas,
nem olhes nos olhos
a Medusa do passado,
porque o teu caminho
é agora

Se necessário for
alberga os sonhos
no baú da esperança
e não os deixes voar
sem tentar colocá-los
no estendal da vida

Deixa-os agarrar os raios de sol,
interiorizar os pingos da chuva,
acolher a brisa do vento
e rasgar as dúvidas
em miríades
de estilhaços

Porque o momento é a lua azul
enfeitada
por colares de estrelas
formando um caminho
de amor-próprio…

Vês o menino que brinca
com a varinha mágica?

E os sorrisos coloridos
de berlindes
em forma de bolas de sabão?

Ele construiu um sopro
de pura liberdade,
a magia da vida
na escrita pela tinta
dos dedos
de um poeta
numa folha de papel
como recordação!

Por isso migra
as partidas
atravessa pontes
vive o que a ilusão
te deixar voar
e sonha.

Rosa Alentejana Felisbela
01/08/2015
(imagem da net)

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