sábado, 22 de agosto de 2015

nostalgia


Sinto uma calma vazia no tempo suspenso da tua ausência. Perdi o rumo que leva a saudade nas dobras daquele lençol, amarrotado de esperança, sobre a cama com dossel. O que foi feito dos abraços cruzados onde nos sentíamos tanto? O que foi feito do teu peito cansado e das minhas mãos hesitantes entre o sol escaldante do meio-dia e a estrada em braseiro onde nos fomos perder? Dentro de mim há a lua e tu, meu menino, que embalo dentro dos seios, que acolho no ventre onde pertences, que me mata a sede no sabor da saliva quente…ópio enrugado a salmos de clemência a quem me vergo como deus do prazer. Sorrio ainda deitada na nostalgia que sentes…e tu…?
Rosa Alentejana Felisbela
22/08/2015
(imagem da net)

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