terça-feira, 28 de julho de 2015

Conquistador de sonhos


Ah poeta! Só tu entendes a fome que em mim trago,
essa fome de versos, fome inquieta, que me dilacera
nos poros dispersos, adormecidos na pele da espera
onde me refaço, qual fénix, emergindo no doce lago

Ah poeta! Só tu me mordes cada sílaba qual náufrago
e me conduzes ao Olimpo desse prazer que desespera
e me fazes desabrochar a deusa e tantas vezes a fera
que te mata e morre nas letras do poema em suave afago

Só tu regressas ao âmago das palavras gastas e encantadas
e amadureces a forma das lavras em caminhos ternos de amor
perfilando os abraços nas reticências quentes (ainda que veladas)

sulcando os gestos como brisas navegando ao sabor do rimador
e imaginando as metamorfoses que consegues consagradas
ao ritmo das mãos que me ofertas como alado conquistador…

Rosa Alentejana Felisbela
28/07/2015
(imagem da net)

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