Atrevo-me a colocar-te
nas entrelinhas
ruborizadas
do meu poema
E cubro-te de musselinas
perfumadas de alfazema...
Porque te encontras deitado
seminu
no silêncio implícito
que te murmuro ao ouvido
Descrevo-te plácido
abraçado a cada
fonema
que se entranha no prazer
lânguido
Tão lânguido
como a suavidade da gema
encostada à pele
quente de cada letra
E as palavras reverberando
de imagens metafóricas
criadas em tua homenagem,
meu Apolo pleno de magia,
de poesia…
Trajo as sílabas da cor da maçã
e incorporo os sentidos
em tons de pastel
meu…poema de rondel…
E só me importa a rima
escrita sobre a folha
de papel
E no teu corpo desnudado
na seda das entrelinhas
beijo-te no mote
flamífero do desejo
caligrafado
de mel
Sou eu teu espelho
rosado
o autorretrato lavrado
a poema de amor
em literatura de cordel.
Rosa Alentejana Felisbela
13/07/2015
(imagem da net)

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