Sou leiga lição de vida? Ou sou lauta alusão da morte? Sou poeta adorada em vírgula, ou sou poema vestido de torto corte? Sinto o cheiro do papel amarelado do tempo em cada fraco verso florido no coração. Sinto a tinta escorrendo da pena, sobre o lume secreto da minha mão. Namoro a luz do lustre da sala, mas os meus olhos iludem-se na fraude que fumega a cinza dos meus pensamentos. Não há fingimento que me cale, perante o azar da minha sorte que é o altar da minha ruína.
Rosa Alentejana Felisbela

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