Hei de florir nesse mar
tantas vezes
quantas as ondas
onde mergulhas
Hei de perfumar o luar
tantas vezes
quantas as pratas
que olhas
Hei de ser o mel e o sal
na pele dos dias
que te tocam
e deixam do tempo o sinal
Hei de ser a escrita terna
incrustada na memória
do poema - a chama eterna
da nossa história
sem final
Hei de ser-te a alegria
da água escorrente
a única e derradeira magia
de um tesouro presente
em poesia
Hei de cantar-te a melodia
em murmúrios
na minha voz de sereia
sabendo que o amor
ateia no teu paladar
Hei de dar-te o rio
o riso
das papoilas do trigo
onde conheces o paraíso
- o único – para te acalentar
Rosa Alentejana Felisbela
08/08/2018

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