quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018

A nossa casa


Já não tenho
a clareira acesa
no meu ventre

conheço apenas
a brisa ténue
que me despreza

sigo o atalho
perdido no silêncio
contra a corrente

e rente ao chão
o cheiro a feno
que me trespassa

sei que não volta
o verão azul
da tua presença

mas perfuma-me
o teu abraço
- a nossa casa.

Rosa Alentejana Felisbela
19/01/2018
(imagem da net)

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