segunda-feira, 14 de julho de 2014

Medo



Por tudo aquilo que foi por ti experimentado
E p’lo reflexo dos olhos que te condena
Esmaga-te a dor d’escrever sempre serena
Com a pena sentindo tudo o que é inventado

E até a fronteira timbrada a dó tão plena
Da força inexistente no teu rosto lívido
Pelo medo, tantas e tantas vezes indevido,
Dói mais no palco ao viver aquela cena

Quando o desnorte te amarfanha e agarra
Com as mil mãos tenazes cheias de cegueira
De tanto querer viver nessa luz, por si bizarra

Que brilha ao fundo daquela noite galhofeira
Quando o bater dos dentes nessa bocarra
Da ânsia acalma, ateando de novo a fogueira

Rosa Alentejana
(imagem da net)

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