quarta-feira, 29 de novembro de 2017

Ser feliz


Meu amor,
eu tento…

proteger
os olhos de cisne
do vagar triste das águas

voltando as asas
num rumo lento

apagando o piar profundo
do poente

mas tu demoras

e a luz solvente amarra-me
amara-me, entendes?

e à boca do monte acendo
o grito da liberdade

onde me sento

numa busca silente

é vago o vulto
quase quente

daquela hora em que foste
embora presente…

murmuro a privação
e tento

meu amor
ser feliz
novamente

Rosa Alentejana Felisbela
29/11/2017
(imagem da net)

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