quarta-feira, 8 de novembro de 2017

Da fonte à doçura


Há um crescente
de sede fresca
aceso entre os juncos

altar de pedra
de fonte abundante
onde bebo
o teu nome

tento não o secar
de avidez

percorres as duras fissuras
que a terra abunda
em fuga abrupta

e o músculo do desejo
tonto
recebe a ternura verdejante
e pura

e eu beijo a pedra
que venero

fortifico o ventre
floresço

e frutifico o amor
plena de pomos
de doçura

Rosa Alentejana Felisbela
08/11/2017
(imagem da net)

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