terça-feira, 10 de outubro de 2017

Na palma da mão


Se o enredo é meu
porque me curvo e cedo?

Ainda é tão cedo
para a calvície das rimas

Ainda é tão cedo
para as letras que alucinas

Há um torvelinho místico
na raiz da fonte do medo

e com ele o fado do degredo
em que o poeta se deita

E não há paz não há hipérbole
capaz de reconfortar a alma

apenas o pedaço de papel
já gasto de tanto mel e fel

na palma da mão…

Rosa Alentejana Felisbela
16/09/2017
(imagem da net)

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