terça-feira, 17 de outubro de 2017

Deserto de nada


Arrasto as palavras
lentamente

da poeira dos versos
bebo um trago

e das mãos calejadas
- a semente -

alimento a lembrança
do corpo - o abraço -

queria que florescesse
pelo campo

o poema renascido
da esperança

mas resta o restolho
queimado

- a dor lancinante -

e um campo deserto
de nada

Rosa Alentejana Felisbela
17/10/2017
(imagem da net)

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