domingo, 24 de setembro de 2017

Silêncio precário


O silêncio precário
esconde-se
no punhal vivo
que tens nas mãos

e o suspiro
temerário
na escalada
beijo a beijo

que conservas
poro a poro
no vulto escuro
do fadário
da ilusão…

a doce penetração
que cravas
na gruta escura
da neve da solidão

e vergas a sombra
tão clara
como seda

e o orvalho
que brilha
profundamente

e a alegria que nasce
louca
de nos amarmos
perdidamente…

Rosa Alentejana Felisbela
(imagem da net)

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