segunda-feira, 4 de setembro de 2017

Emaranhado


No cordame
da minha memória
há um emaranhado
que me cativa
espalhado no branco
do barco
que me mantém viva

Amarro um beijo
à proa

Das vagas faço calmaria
e aguardo a brisa
da saudade boa

Das velas
faço a minha melodia

e no vai-e-vem balançando
ao ritmo dos acontecimentos
vou esperando

esperando
o teu abraço
de porto-seguro
ou de maré viva?

Rosa Alentejana Felisbela
05/08/2017
(imagem da net)

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