domingo, 25 de dezembro de 2016

Evocar-te à luz da lua


Foste o presente
saído de dentro dos meus versos

-como se o papel
feito de poemas, rasgado,
te expusesse à luz melancólica
da lua-

demarcando a tua silhueta
como renda deposta
no altar soberbamente composto
para o céu aberto
do meu ímpio olhar
na contraluz da solidão
- sede calada p’la lembrança-

Pairava um nevoeiro
em torno do teu corpo
modelado a lápis-lazúli
p´la minha mão serena

Dos meus dedos caíram
sílabas quiméricas – anéis de prata
a que a emergência poética aludia,
cheia de imprecisão…

Depois surgiste tu – Fénix Renascida
das palavras-
consoante final na rima perfeita
da minha imaginação!

Rosa Alentejana Felisbela
(imagem da net)

Sem comentários:

Enviar um comentário