domingo, 27 de outubro de 2013

Adeus



Quando eu morrer
Amor
escreve-me então
um poema
que me sare a ferida
do valor
que nunca me deste
com pena
mas…
não quero que cuides
do meu coração
já morto
e sem vida
e sem amor,
quero que vistas
a cor
das lágrimas
que nunca me deste
pois,
na transparência
desse dia
verás as palavras
que conheço de cor
refletidas nos teus
olhos
guarida
da inocência
do fogo eterno
em que me
verto
em torpor…
Mas não…
não chores
p’los olhos meus
e sim
p’lo brilho
que tiveram
quando ontem
se detiveram
nas costas
do teu
adeus!


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