sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Precipício


Salto alto no precipício das horas
desgovernadas da procura,
mergulho à deriva da loucura prostrada
na espera em que demoras,
e não quero viver!
Balão colorido pelo teu ar delicioso,
onde não me canso de naufragar
por ondas e praias perdidas do norte,
num balanço onde agarro a sorte
com unhas de arranhar
e mordisco a censura, por explorar!
Não me canso de colocar o lençol de seda
amarrado à tua armadura,
que o sol é sede que perdura
e o desejo dura na dobra
que faço no hálito doce do teu mentol!
Abro as mãos em concha
com aroma a sândalo e rosas…
e voas com asas de mariposas,
numa luta com o desespero
que queres evitar, mas adias o toque,
até que assoma o suspiro no olhar!
E pousas vagaroso e lambes as feridas
ainda a sarar…
desejoso pelo beijo
que sentes a gotejar do meu saborear…
Gosto do gosto agreste das tuas palavras
no meu salivar oblíquo…
mimo do teu querer profícuo
nas minhas mãos,
poetas ardentes da razão indisfarçável…
mas provável…no dia em que te encontrar!




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