terça-feira, 24 de setembro de 2013

Encontra-me

Encontra-me
no centro do avesso processo de me tocar
no ritmo cadente, por dentro, do sólido desejo
ainda por inventar

Encontra-me
no rasto deixado pela lua cadente
do infinito carente, onde flutua a carícia
e se insinua o êxtase do guerreiro ardente

Encontra-me
na alva brancura dos dentes cerrados
ao grito abafado e desnudo,
partes de um todo, sorrisos safados
no segredar sensual e absurdo

Encontra-me
no beijo prudente da epiderme sensata
que festeja em pingos de gulosa doçura
a promessa, a oração da serenata
cantada num sussurro de imensa procura

Encontra-me
e não me deixes partir
sem cumprir o oceano sem fim
que me pedes e te dou sem pressa, a sorrir,
completando-te eu, com as partes de mim!




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