quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Concha

Concha
Sou apenas uma concha
No fundo do mar

Vazia de amar
Mas cheia de fé
No teu olhar
Desconhecido

Embrenhado na maré
Insensato e encantador
Martirizando-me
Com palavras de amor…

Sou pérola pura
Guardada em tons
De ternura
Para ti!

Apenas tu irás abrir
O meu sonho
O meu mundo
E tudo o que estiver
Neste mar profundo
Até o meu sorrir!

Confortam-me os teus beijos
De algas e seixos
Com sabor a canela
Mel e hortelã
Que maravilham cada noite
E cada manhã…

Neste azul de delírios
Onde moro tão só
Aguardo que abras
Este tesouro
Pleno de desafios
De ouro
E pó…

E…concha que sou
Marulhando no anseio
Espero que descubras
Onde moro
E volteio

E abras grilhões
E fados distantes
Porque as fases
Da lua
São estes breves
Instantes
Em que falas e escuto
E leio!


Sem comentários:

Enviar um comentário