segunda-feira, 13 de maio de 2019

Tantas vezes…


Deste lado
não há amarras
nem cordame

somente barro
lavrado
cigarras e enxames

deste lado
não há marés
ou maresia

apenas o luar
derramado
aos nossos pés

e a eterna
calmaria

mas as nuvens
escuras
trazem o temporal

e o vento
convida à vida
ao vendaval

da poesia
da loucura
do amor

e tantas vezes
da alegria…

Rosa Alentejana (Felisbela Baião)

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