domingo, 3 de julho de 2016

Promessas


Raiam promessas nas paredes brancas
e esta incompletude da casa cercada
de tanto crepúsculo, a sede encerrada
qual casulo de palavras vagas, francas

bamboleando a cortina à janela sonhada
num conto intenso pelo vagar das ancas
fechando vontades com todas as trancas
perecíveis num gesto de ternura adiada

e o teto abrindo a claraboia ao luar
de dentro o melhor surgindo por magia
como chaminé erguida para respirar

divisões concertadas em todo e cada dia
num pouco de céu, num cheiro de mar
à benesse da mudança, à doce empatia

Rosa Alentejana Felisbela
(imagem da net)

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