segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

Já não te espero


Como o rio de cimento
que corre p’los tijolos
em silêncio

confundo o muro
confundo o tudo
que tivemos

e a metamorfose
é banco, é branco
é ocre que invento
p’ra não transparecer

e vou morrendo
e vou crendo

que um dia
deixo
de ser

fantasia

num qualquer seixo
de rio
a correr…

Rosa Alentejana Felisbela
11/12/2017
(brad spencer brick sculpture)

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