Fome. Tanta fome nas mãos:
de gratidão,
de amor, de frontalidade…
Comem-se amargamente
as letras ensopadas
de certezas. Uma pitada
de melancolia tempera a vida
- sem sal -
O descuido transborda
na panela que consola “online”
e os “usuários” lambuzam-se
na oração que precede a refeição:
a cruz fica no rosto
em sinal de fé
- perdida -
Por fim, mais um poema
na arte peregrina
da vida.
Os joelhos ensanguentados,
as palmas das mãos doridas
de tanto tentar expiar os pecados…
E tudo justifica o silêncio
- sem perdão -
Rosa Alentejana Felisbela
06/08/2017

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