segunda-feira, 21 de agosto de 2017

Noiva na lápide


Contínuo de luz acesa ao vento e no cimo do outeiro mais uma estrela procurando a manhã
O “até já” inscrito no branco do lírio roxo assinala um passado tão perto que me fere as têmporas
Um choro bravo, um caminho curto e uma luta limitada nos pés calçados com sapatos brancos
Enquanto me recordares não deixo de ser sonho de voltar ao abraço apertado
Enquanto me recordares terei o coração a bater e os meus ossos serão de vontade férrea
Serei sempre a noiva na lápide, o primeiro beijo, a primeira namorada
E a noite será sempre o meu guia de saudade lamentando o tímido adeus
O tempo será de verdade e, à minha maneira, voltarei sempre para ti
Sobrou-me o cabelo negro ondulando à brisa do teu olhar e uma oração por rezar nas nossas bocas
Rosa Alentejana Felisbela
21/08/2017
(imagem da net)


https://www.youtube.com/watch?v=JvHg0eJjFp8

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