quinta-feira, 11 de maio de 2017

Herdade da Coitadinha


Por entre as faces caiadas
do bucólico mar de azinho
sopra e trepa o silêncio
num vendaval
num remoinho

serpenteando entre os rios
nasce a estrada poeirenta
e a ponte estreita os imaginários
numa paz que acalenta
uma oração atenta

sentam-se os montes ao longe
observam-nos os moinhos d’água
bebendo de nós os poços
toda a tristeza, toda a mágoa

e nas árvores de luz
vestidas de sombra e magia
pia a garça boieira, num assomo
aos animais, no seu lento pastoreio

e há um caminho empedrado
que nos relembra a história
de um povo atormentado
que conseguiu a sua glória

a proteção de um Tenente
a solidariedade local
(hoje toca recorrente)
na fronteira entre o “bem” e o “mal”
que abriu portas a tanta gente

hoje existe uma tranquilidade natural!

Rosa Alentejana Felisbela
11/05/2017

Sem comentários:

Enviar um comentário