segunda-feira, 26 de setembro de 2016

Porto – Igreja da Sé – 02 de agosto de 2016


Sabe-me a pedras cinzentas
na tranquilidade da manhã
mas o miradouro é isco
para o dia do Douro

Apanho perfumes
colhidos do mar e nego
os caminhos a suspirar
“outroras”

Almejo sinceridades
nas talhas douradas
onde floresciam vínculos

Sento-me nos bancos
que a madeira desgastou
de tantas orações

Gasto passos
nas lágrimas e prometo
que as velas arderão
ainda que a aleluia não traga
redenção!

Rosa Alentejana Felisbela

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