Vem comigo sentir as folhas quebrarem
Por debaixo dos pés num ritmo frenético
Como quem consome um verão herético
Na pressa de os corpos se encontrarem
Sente o cheiro da terra molhada, poético
Na valsa das palavras antes de se darem
Aos versos nos corpos quentes, a vibrarem
Quando o desejo é um culminar profético
Entrelaça os teus dedos nos meus cabelos
E beija-me as margens no leito da ramagem
Quando os fonemas se tornam supérfluos
E os gemidos se dissipam e surge a coragem
Para o toque sem receio em intensos anelos
Quando mais nada existe, só esta voragem
Rosa Alentejana Felisbela
07/06/2015
(imagem da net)

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