Trago em mim esta doçura
provinda das palavras indomadas
que me sussurras, que me ousas, que me usas
decalcadas na pele…
Essência lambuzada neste amor
lapidado a ternura com o cinzel do alabastro
perpétuo do teu olhar…
Metáfora que roça o infinito
numa entrega incontrolada
como se as nossas metades fossem o âmago
da memória de muitas vidas
onde jamais nos esqueceremos
que caminho devemos tomar
para encontrar a razão…
Por isso, te sopro brisas de paixão
e nomeio o teu nome de mel
em rimas quentes como o verão
e na voz carrego nenúfares perfumados
de lagos profanados pelos meus dedos
quando me entregas rendido
o teu coração.
Porque é eterno este querer?
Porque serenas as minhas palavras
quando a minha cabeça tomba sobre o teu peito
ao ritmo da língua dos anjos
que só eu entendo
quando me despes dos medos
que carrego na alma…sem razão.
Rosa Alentejana Felisbela
11/06/2015
(imagem da net)

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