terça-feira, 10 de novembro de 2020

sou e serei

Apanho o resto do rasto Deixado pelo teu feitiço Uma tocha, uma pedra, uma faixa E coloco tudo no lixo Sou a besta bestial que te foi fiel Que te adorou no pedestal A santa impura que atiraste Para a igreja no funeral Sou a caixa de Pandora nunca aberta por fora Mas por dentro destilo o veneno Que me mata devagar Sou a sorte e o azar Mas nunca duvides que te amei Até me lambuzar Guarda o frasco do perfume, mais o lume E podes arder que nunca mais Te irei apagar! Felisbela Baião

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