Pulso redondo acelerado
à luz da vela
iluminada
Peito nu
de sentido
de seda despudorada
Corpo divino
despido
de vergonha ocultada
Lábios de Harpa rendida
em ritual
dedilhada
Pele de desejo esvaída
com incenso
perfumada
Favo de mel ardente
que acende
o teu pavio
Desconhece o teu intento
que vorazmente
apaga o frio
Por dentro da gruta
a paz
no tormento da escuridão
Poço profundo e capaz
de transbordar
o coração
Sombra bravia e doce
que acalenta
e refrigera
Fonte farta que trouxe
ao teu fruto
a primavera
Flor aberta despetalada
aos carinhos
dos dedos teus
Raiz perdida e encontrada
nesses abraços
ateus
Mulher menina amada
em trono de luxúria
insone
Rosa Alentejana Felisbela
03/07/2018
(imagem da net)

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