sábado, 30 de maio de 2020

maré


a maré mostra-me
a margem mais
bonita
trai-me a aragem
traz-me coragem
pelo amanhecer
para correr
sem laço nem fita
cabelos soltos
ao compasso
do coração
cigano da sorte
bendita sem fim
de mãos dadas
solitárias caladas
de areia amaradas
sem consorte
só a morte
por dentro de mim

Rosa Alentejana (Felisbela Baião)

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