domingo, 26 de abril de 2020

nuvem cinzenta


Da tua boca ergue-se o punhal que rasga as minhas palavras. Ensanguentadas murmuram lágrimas e deixam um hálito de seca seguida por anos. Gretados, os lábios retorcem-se na irrealidade da dor. Um dia houve um sonho de cravos vermelhos de paixão. Hoje é só mais um dia cobrado à hora pela psicanálise. Vomito a ansiedade e deito mais um olhar pela janela. Como queria estar lá fora e desaparecer naquela nuvem cinzenta...
Rosa Alentejana Felisbela
26/04/2020

Sem comentários:

Enviar um comentário