Nesta estrada de vento
Onde invento
Uma fuga
Os meus passos lentos
Nem deixam a marca
Nem naquela curva
Sobre rochas me arrasto
Me amarroto e rasgo
Os dedos em ferida
São as lágrimas o rasto
Que fica
E levo a sina já lida
Num ponto me fixo
De joelhos me afasto
Sou menos que lixo
E a morte não tarda…
E o tempo fugiu…
E o frio não me larga…
Nesta estrada sinuosa
Que ninguém nunca viu!
Rosa Alentejana (Felisbela Baião)
21/04/2020
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