sábado, 25 de abril de 2020

Alvorecer?


Permitam-me que apague a rosa do precipício, porque a paixão pesa como pedra e o longe é logo ali...o abismo ecoa na concha vazia das mãos e afunda, afunda, afunda...Nada quero da ponte, nenhum sinal que me aponte o mesmo lugar. Visto a viúva de panos negros e guardo os segredos na barca que me leva, lentamente, lentamente...Em lágrimas sorrio aos desenganados verbos naufragados e a todas as rosas despetaladas. Torço os risos e caem gotas de enlouquecer. Um dia? Desconheço o cio do peixe-gato, quanto mais os passos da dança do alvorecer. Afinal, não sou mais uma criança a nascer...
Rosa Alentejana Felisbela
25/04/2020

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