Suspendo o cálice
para que a sede morra
por dentro da carne
Suspendo o pão
para que a fome cesse
na masmorra do sangue
e bebo o vento
e como o cheiro a terra
molhada
na prisão
só as grades iluminam
a solidão cansada
20/10/2017
Rosa Alentejana Felisbela
(imagem da net)
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