Sinto o sabor
da verdade
coalhada
e a cal
doce e ardente
indiferente
na amurada
o aroma
da chuva
movendo a pena
mordendo a pele
arrepiada
os dentes
da solidão
presos na pressa
como presa
de animal
e a gula pelos beijos
a sede sem pejos
e a fome infernal
buscando o corpo
amado
numa saudade
abissal
Rosa Alentejana Felisbela
27/10/2017
(imagem da net)
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