quinta-feira, 27 de fevereiro de 2020
Prisão
Prisioneira de um lugar
Onde o sol entra por parcelas
Pelas janelas
O cão dorme a ladrar
Sonha que está noutro lugar
As mantas não me tapam o frio
Da solidão
Até o coração para atento ao rio
De mágoas correndo
A sala escurece aos poucos
As letras escondem-se
A inspiração esmorece
Os pensamentos loucos confundem-se!
Há uma tonelada de pesos
Nos ombros
E uma pasta de visco
Condensada nos pés.
A cabeça tomba devido às cinzas
Do meu corpo, ardidas, fundidas.
O meu hálito fede a descontentamento
- é a força do hábito,
a falta da fala para expressar o pensamento.-
Até as rosas murcharam
E o pó ficou acumulado no aparador
E esta dor, esta dor, esta dor!!!
Deixem-me chorar, gritar,
Até que o desespero se faça nuvem
E esta se desfaça
Numa chuva de decisões.
Rosa Alentejana (Felisbela Baião)
27/02/2020
(imagem da net)
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