quinta-feira, 2 de novembro de 2017

Renovo


Reitero o caminho
bruxuleante das sombras
fálicas, fendidas
fascinantes

emergentes
contidas nos orgasmos
das sementes

lascivamente
deitadas nas poças
na entrada das casas

correndo p’los regatos
p’los corpos
e p’lo cio dos gatos

por cima do fumo
do usufruto
das lareiras

cismando no ronronar
a gemer sem parar
dos telhados

ao ritmo dos rastos
deixados em cada ventre
a florescer

Rosa Alentejana Felisbela
01/11/2017
(imagem da net)

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