domingo, 5 de novembro de 2017
Os teus poemas
Guardo tudo o que sinto.
As lembranças borboleteando
na almofada perfumada
de eucalipto e alfazema dos teus poemas…
Os cabelos desajeitados
da tarde quente cobrindo-me os olhos
de fonemas, nos teus poemas…
Os corpos amarrotados, sedentos de consoantes,
ajoelhados sobre os lençóis de folhas
mergulhadas em morfemas dos teus poemas…
O chuveiro desarrumando os corpos
inventados de dilemas,
entre o ficar e o partir…dos teus poemas…
A cumplicidade das gargalhadas proscritas
e as escritas exaustas de amor,
como fitas de cinema…nos teus poemas…
A verdadeira mentira da saliva misturada,
por sistema, nos beijos
entre terra e mar das fabulações dos teus poemas…
E aquele abraço e o pedaço
levado para o grafema gravado…nos teus poemas…
Guardo tudo o que sinto e tudo
é tão puro como cada verso calado…do meu poema!
05/11/2017
Rosa Alentejana Felisbela
(imagem da net)
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