quinta-feira, 9 de junho de 2016
Planar de emoção
Não julgues o bater de asas, suave, quando não sentes a luta por dentro da quilha, rente às penas. Enquanto a dor salgada da maré se embrenha nos pulmões, é o osso oco que protege as vírgulas, sustendo a respiração nos pontos finais. Porque o ar, por si rarefeito, arranha as entranhas, formando um esgar angustiado. E as asas crescem num aflitivo pairar, músculos alerta nas cores camufladas de isolamento, e a vontade é tudo o que resta. Graciosidade ou simples abandono, assim é o voo da vida.
Rosa Alentejana Felisbela
(imagem da net)
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Não pensem por eu cantar,
ResponderEliminarque a vida alegre me corre
sou como um passarinho a voar
que tanto voa até que morre!
Quando ia para a labuta,
lá no campo sem pelica
pisei os dentes da forquilha
levei com cabo na nuca?
A primeira vez que fui à praia,
quando a vi, fugi da maré
vi na areia a onda que desmaia
nela perdi a esperança e a fé!
Insatisfeito com a vida que levava,
porquanto, uns tinham de tudo
tinha pobreza quem mais trabalhava
por isso havia incerteza no futuro!
Nas ondas da água salgada,
naveguei por esse mar fora
com saudades da terra amada
sem abandono recordo agora.
Boa tarde desejo para você menina Rosa,
seja muito feliz com do calor do Alentejo
gostei do seu poema transformado em prosa
com cheirinho a perfume de flor do poejo?
Um abraço.