quarta-feira, 8 de junho de 2016
Alquimia-escuridão
Tenho um momento meu guardado
No silêncio que só em mim se gasta
E como do calor devastador se afasta
Abro uma porta ao mundo espiralado
Recebo o bafo da chuva anoitecida
Nos segredos que os dedos magoam
E ergo as sílabas pálidas que ecoam
Nas gotas de raiva rasa e enlouquecida
São cálices de um vinho encorpado
Plenos de voos rubros numa melodia
Que o temporal abafou em rebeldia
Numa falta soturna, brio evaporado
E embriago-me desse vício tão feliz
Do encontro sereno, desprevenido
No encaixe das dermes, escondido
Pela dança que só a vontade quis
Abraço as árvores e acaricio as folhas
Bebendo os pingos da alquimia-escuridão
E sinto o tamborilar doce da tua mão
E perco-me na doçura quando me olhas!
Rosa Alentejana Felisbela
(imagem da net)
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Nesse seu momento guardado,
ResponderEliminartenha o que na vida lhe dá mais prazer
não o deixe por estranho ser roubado
porque jamais lho irá devolver?
Onde magoam os segredos,
não os deixa lá pousar
sejam satisfeitos os desejos
sempre que mais lhe agradar!
Boa noite menina Rosa, e bons sonhos. um abraço.
Eduardo.