Há um ciclo de sangue
a esvair-se
lentamente
e da mão aberta
desdobra-se
a solidão
dissolve-se
o gesto
ausente de ternura
e a eterna procura
da pedra dura e lisa
onde a nuca
adormeça
com a divisa:
jazem as espáduas
o peito e o ventre
sossega a sofreguidão
de sofrer
e é negra a náusea
e o sorriso morre
de tanto anoitecer.
Rosa Alentejana Felisbela
(imagem da net)
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